Velhas redes – Nós, Aparência, Transparência, Crer e Fé!
Para melhor entendimento do texto que segue, acessem o link
infracitado.
Quando
li a postagem do Diego Soares, o amigo em questão, o meu coração se alegrou, não me contive e
tive que concordar com grau, nº e gênero, expondo a minha porção – Cri por isso
falei!
NÃO
É SOBRE AS REDES VELHAS, MAS SIM SOBRE AS VELHAS REDES!
Talvez
nossa presunção de querer explicar Deus e delimitar/fracionar/impor seja a
maior causa do regresso, no caso, voltar às velhas redes – Noto que quando
acontece o voltar às “velhas redes”, a questão seja:
- Será
que de fato deixamos as coisas velhas (COISAS DO VELHO HOMEM – 1º ADÃO – FRUTOS
DA QUEDA) para traz afim de viver prosseguindo para o alvo andando pelo Caminho
(CONFORME O PRÓPRIO CAMINHO 2º ADÃO – CRISTO – NOS ENSINA), dando cada passo
como um ato de fé, de dentro pra fora e acabamos por esquecer e retroceder?
Ou
então apenas deixei as redes velhas materiais, palpáveis, visíveis (o exterior)
porém as velhas redes interiores continuam a existir em mim com todos os nós
que ela tem, me prendendo, impedindo de prosseguir?
Partindo
de tal questionamento, a minha atenção aponta para, ora as redes materiais (o
exterior) é fácil de ser deixada pra traz – é como um trocar de roupa - É DE
EXTREMA FACILIDADE EXPLICAR/ENTENDER – fato esse que criam as famosas frases
“Olha como Deus me mudou, antes eu era cabeludo, agora aparo a cabeleira. Antes
eu andava de verde limão fluorescente, hoje ando de preto e branco”, que são
apenas frases com conteúdo aparente, explicável e plausível em uma razão que
não se precisa fazer força pra entender e que cria uma repressão contra o
coração deixando-o (a verdadeira intenção – a transparência) envolto em uma
rede antiga – DE ANTIGAS PULSÕES, MAUS DESEJOS E INTENÇÕES ADVINDA DA QUEDA DO
HOMEM -, e assim a medida que se afirma a aparência, a essência cada vez mais
fica presa e por fim o indivíduo acaba
voltando à velha rede (que em seu interior nunca foi deixada pra traz), volta-se à justiça própria oprimida pela
aparência que é explicável e não liberta a transparência – PARECER apenas
aparenta algo, não quer dizer que É algo!
Creio
que o ato de crer seja o primeiro passo, um passo no nada (Naquilo que não se
vê, mas sabe que É), e só olhando assim, sem deixar levar-se pelo aparente,
olhando pra dentro de si é que podemos “ver” sem ver, mas enxergar! Penso que o
que prende nosso coração de dar os próximos passos pela Fé no Caminho, é querer
que os outros enxerguem o nosso lado de fora, mas quando olho pra dentro vejo
quão miserável sou, e quão preso estou às velhas coisas da justiça própria, do
provar que exista - mostrando materialmente a aparência, auto afirmando ser
quem não sou -.
Nesse
sentido é que guardo a minha fé, olhar pra dentro de mim, reconhecer/encarar
cada nó das velhas redes, e chamando cada qual pelo nome que tem, nada além do
que se é (coisa que já se passaram) - as quais em Cristo já as tenho por mortas
- enxergando, encarando, vejo que sozinho não posso mudar, sozinho não dá para
desatar tais nós, sozinho não sou capaz de acrescentar um dia a mais a minha
existência, o que direi de alterá-la, então me apropriando da fé e da Palavra
Viva (Cristo o Verbo encarnado), tenho em mim a esperança da transparência, a
esperança de não apenas aparentar, mas transparecer um coração liberto das
velhas redes, tenho então em mim a esperança da Glória (Jesus), mas não é a
partir daí que passo a caminhar, quando tenho tal consciência (discernimento do
Espírito) é por que no Caminho eu já estou prosseguindo, posto que não preciso
ver pra crer, mas apenas Crer para saber, e crendo alimento minha fé!
Concluindo,
apenas aquele que examina a si mesmo, não volta às velhas redes, posto que
quando se enxerga como humano, pecador e limitado e dá razão a Deus em sua
misericórdia e sua Justificação, passa-se a ver a partir da Fé a transparência
do Amor de Cristo que desata os nós das velhas redes e faz todas as coisas
(redes velhas) serem como novas, uma nova rede (vida) sem nós, apenas com
laços!
Parecer
apenas aparenta algo, não quer dizer que seja o algo (imita), mas transparecer
é expor de forma natural o que de bom dentro de si existe, parecer ser é muito
longe de transparecer um ser (recriado, regenesado)!
Thiago S. Reis (19/08/13)
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