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quinta-feira, 7 de março de 2013

E sobre o Julgamento?


E sobre o Julgamento?

Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Para: thiagos.reis@blogspot.com
Assunto: E sobre o Julgamento?

Thiago, falemos sobre julgar.
Julgar: o que é considerado um julgamento?
Qualquer tipo de “achismo” entre pessoas é considerado julgamento?
Até que ponto isso é sadio?

Eu, na minha cabeça doida, penso e tenho pra mim que não devemos julgar nenhuma atitude de nenhuma natureza de qualquer pessoa que seja, por mais idiota que isso aparente ser. Sei lá..., não to dentro da cabeça do outro, da casa do outro pra saber o que se passa ou quais os motivos levaram tal fato.
Só  quem já foi julgado sabe o peso que isso tem...
Porém, sei também que tem coisas que não tem como não ter um “julgamentozinho”. Tem fatos que, por mais q o praticante tenha motivos ou uma razão própria para praticá-los, não é justificável. Tem coisa que não dá pra justificar, por ser errado!


Compreendes?

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Julgar: o que é considerado um julgamento?
Qualquer tipo de “achismo” entre pessoas é considerado julgamento?
Até q ponto isso é sadio?

Respondendo:


 A sua forma de pensar é totalmente sadia, quem pode dizer o que é o correto? Ora, fazendo uso do bom senso e do respeito sabemos o quão mesquinho é julgar essa é a via social, já da pra ter uma base do não julgar, pela via psicológica muito mais, uma vez que você não sabe o que se passa com o outro, pois há inúmeros fatores que levam um indivíduo a agir de determinada forma – como você defendeu-.
Pela via do que creio, de Cristo é que falo, “não julgueis e não sereis julgados” “não condeneis e não serás condenado”, “com a mesma medida que você medir alguém, você assim será medido”.
Então para além do bom senso e pela busca da melhor convivência julgar não se faz como uma boa atitude, porém, existe o fato da justiça, não somente a civil que regula um país e julga os criminosos como culpados ou de vez em vez julga o inocente como culpado, mas também a justiça de querer o melhor pelo outro, sabemos quando algumas atitudes fazem mal pro individuo assim como sabemos quando tal pessoa tem atitudes negativas por que quer assim agir, não tem como não fazer uso de um conceito para tal pessoa - “julgar”, parece que é automático -  tal pessoa é egoísta, negativa, autodestrutiva, sem vergonha -... e outros rótulos mais, então há aqui uma diferença, talvez uma diferença tão ínfima que ninguém se da conta, quando julga ou pré-conceitua alguém, ora, o exemplo é simples, citado anteriormente dito por Cristo, não julgueis e não serás julgado, nem condeneis e não serás condenado, com a mesma medida que você medir alguém, vos medirão também.
Dessa máxima advém uma auto-preservação (preservação da consciência sã de si mesmo), quem quer ser julgado? Ninguém, então não julgue, quem não gosta que não o faça, pois a máxima é concreta, quem faz experimenta contra si, pois é contra si que se faz e não contra o outro.
Outro ponto seria a auto-percepção (perceber-se em si), quem julga fala de si, quem se incomoda com a atitude alheia a ponto de escarnecer o outro, é por que em si existe a mesma coisa, é simples, aquilo que em nós habita quando é visto no outro gera conflito e confronto, então quem julga não se percebe, pois em si existe latente o que reprova no outro, julgar é o fechar os olhos para si mesmo e tentar abrir os olhos do outro apalpando (na maioria das vezes esse apalpamento são dedadas nos olhos do outro que acabam por fazer o outro não enxergar mais nada também, e agente por estar de olhos fechados enxergamos menos ainda, pois afastaremos os nossos apoios de nós mesmos), perceber-se é saber o que em nós reside, e qual o tamanho de tais coisas em nós, ora, eu sabendo que em mim há muitas coisas a reparar eu não consigo perder tempo querendo “reparar” a vida do outro, quanto menos eu julgar o outro mais tempo tenho para me olhar, quanto mais me enxergo menos reparo tento fazer na vida dos outros.
Há também a parte da solidariedade, o ajudar, mas ajudar como e por que? Ora se eu vejo algo a ajudar significa que algo eu identifiquei no outro – julguei -? Só julguei se algo eu não vi em mim antes e já resolvi comigo primeiro de que em mim existe tal trave nos olhos, então sendo assim sem saber que em mim há o que percebi eu me vejo como juiz, sentenciador. O Exemplo dito por Cristo é “Antes de tirar o cisco do olho do irmão, veja que no seu há uma trave”, então é preciso se enxergar antes de tudo e em si resolver-se, saber que é em si onde há as coisas que reprovamos no outro e de tão grandes em nós é que causam desconforto quando, nos vemos nos outros, para depois poder ser solidário, pois assim, quando eu identificar algo em alguém, algo que já identifiquei que em mim é residente e me trato com Ele e Ele de mim trata, então tenho a consciência que a partir daí enxergarei com outros olhos a falta no próximo, não como julgador/reprovador ou sentenciador, taxador ou coisa do tipo, mas identificarei oportunidade de fazê-lo crescer na consciência de si mesmo diante da vida, diante de Deus, pois não olharei a situação a partir do que vejo no outro como escândalo, mas a partir do que conheço em mim e terei o mesmo bem que me acometeu como objetivo ao outro – sensibilidade -.
Mas o que fazer então com tais coisas que eu vejo?
Antes de tudo é preciso que tudo o que eu veja e me suba à mente eu discirna e não julgue nada em relação a Deus, não tripudie sobre a doença, limitação ou condição de ninguém, mas discirna!
Pois é baseado no discernimento que nos instruímos, é baseado no discernir as coisas que agente faz escolhas, mas uma cosia nada tem a ver com a outra, isto é, baseado em discernimento eu faço escolhas, fundado em julgamento eu emito juízo, da pra sacar a diferença? Um é a partir de presunção e arrogância que se conclui em um juízo de fora pra fora, o outro é pensar de si, ver em si, e nos vermos nos outros – de dentro pra vida-, então ai se sabe que o que vejo no outro é um reflexo daquilo que em mim há.
Na maioria das vezes aquilo que mais incomoda a você no próximo é também aquilo que de mais próximo existe camufladamente em você.
Portanto, use o discernimento para escolher, mas não use o juízo para viver e nem para condenar se achando um deus. 
O negócio é julgar sim, julgar a si mesmo, examinar-se, dissecar-se, abrir-se e retirar tudo pra fora, trazer tudo a memória, expor a si as próprias entranhas, os mais obscuros e profundos pensamentos, buscar no mais recôndito íntimo as coisas que em nós reside, ou seja, sabendo de si e das coisas que em si reside, sempre é bom saber que quanto mais preciso é o seu discernimento do outro... mais próximo você andou de você mesmo, isto é,  você passa a entender os outros em você mesmo e entender você como se fosse o outro, seja quem ele for, daí então é que nasce alguma ajuda naquilo que identificado foi no outro, através de uma visão confessada de si para você mesmo em relação ao que você só viu nele por que existe em você, isso tudo é sensibilidade, viver em si o que se é, de si para os outros.
Pois só assim é possível levar as cargas uns dos outros, cumprindo então a Lei de Cristo, o amar como a si mesmo!
Portanto creio que Aquele que ordenou que não julgássemos fez isto apenas para que o fluxo da Graça não se interrompa em nosso favor. Quem quer Graça para si, não oferece juízo para os outros. Afinal, com o critério com o qual julgarmos seremos julgados; e com a medida com a qual medirmos, com essa mesma seremos medidos.
“A Graça quebra a lei do carma. O juízo a re-institui.”
Afinal, a Graça quebra o carma, mas a “Lei de causa e efeito” diz que ele existirá sempre que houver um juiz exercendo o juízo sobre o próximo. 
E o carma não existe para o réu, mas para aquele se supõe com poderes e capacidades de julgar ao seu irmão.
Hipócrita! 
Tira primeiro a trave do teu olho; e, então claramente poderás ajudar a teu irmão!
Foi assim que Ele (Jesus) falou e é assim que creio e busco crer!


Thiago S. Reis (06/03/2013)




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