Eu Curti!

terça-feira, 24 de julho de 2012



Mateus 14: 13-21

Multiplicação aqui e agora!
Meus peixinhos e pãezinhos que mal me alimentam...

Peixe e Pão, o peixe para dar gosto e o pão para o sustento!

Lendo Mateus 14:13-21 com foco em ver Cristo (A palavra) em mim, para que assim haja em mim a esperança da glória, tendo A Palavra como vida aplicável, e A Palavra como aplicativo na vida e não somente a história escrita do milagre que me faz glorificá-Lo e exaltá-Lo e saber que Ele é Deus  e assim adorá-Lo, atentei em ouvir o Espírito Santo na consciência de FÉ de que é Ele quem me dá entendimento e discernimento quanto ao que é de Deus pra mim, pois a minha mente por si só é fraca e a minha sabedoria por mim apenas é vã... Então sendo A Palavra (CRISTO) não história, ou fato passado, mas sim Verdade (CRISTO) e Vida (CRISTO) pro Hoje (dia de sobremodo Excelente) da leitura, meditação, reflexão e papo com o Espírito Santo, veio a mim o que de forma simples vai estar exposto nesse texto.
O texto em Mateus 14:13-21 começa dizendo que a multidão foi atrás de Jesus e que Ele quando vendo a multidão que por Ele estava reunida, se compadeceu deles e ali curou os seus enfermos. O texto continua dizendo que quando ficou tarde os discípulos falaram a Jesus para dispensar a multidão para que esses comprassem o que comer, então Jesus diz que o povo não precisava ir, e mais, disse para os discípulos darem de comer ao povo, porém os discípulos tinham apenas cinco pães e dois peixes, então Cristo realizou ali um milagre de multiplicação onde todos se alimentaram e ficaram satisfeitos, de modo que ainda sobrou alimento.
O convite do evangelho é à consciência de crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo pela Fé, mas como isso se realiza Dele pra mim? Ora, os mistérios de Deus homem algum pode explicar, e não tenho nenhuma pretensão de teologisar coisa alguma aqui se não apenas expressar aquilo que vejo em Cristo como exemplo e leio nos evangelhos, para que eu aprenda DEle, a ser manso e humilde de coração, assim me colocando na razão DEle, para amá-lo e amar aos demais e não nas minhas (ou de outros)  razões sobre Ele.
Ao ouvir falar de Cristo há duas possibilidades de escolha, ir ao encontro DEle (como fez a multidão) ou o contrário, sabendo pois que com Ele estando somos curados, pois Ele de nós se compadece! E do que somos curados? Ora de muitas coisas, mas somos principalmente curados de nossa natureza caída, somos curados de nós mesmo, da nossa auto-suficiência, nosso auto-engano, nossas auto-compensações, enfim do nosso auto-ego “ego automático”, advindo de cultura, tradições, princípios, religiosidade que por sua vez são formados dos arquétipos que já estão entranhados nesse mundo como fluxo de ações automáticas, que criam as normas, os princípios culturais, coisas que apenas absorvemos pelo fato de existir, desenvolvendo assim arcabouços de arquétipos –PADRÕES DESSE MUNDO- (ver inconsciente coletivo** no fim do texto), dando por sua vez seguimento ao pecado instalado (esse é o mal desse mundo). Cristo nos cura desse pecado que se instala no coração, de onde procedem as fontes de nossas vidas e na mente-Consciência-! (Sendo que Ele já curou antes mesmo do mundo vir a ser mundo, o que nos separa dessa realidade é o ego “automático” - o viver sem pensar e sem agir conforme Ele nos ensinou em seus atos e nos ensina quando buscamos conhecê-lo).
A escolha de ir ao encontro implica o ir a todo HOJE (agora), pois não é do momento que se foi -antes- e sim do hoje que se está indo, não é apenas aquela doideira do “a eu entendi então não preciso ir mais, pois já fui uma vez e isso basta”, quando que, no instante que se tem consciência da cura DEle em nós, isso nos remete a total dependência DEle, sendo não no momento que passou, mas em todo hoje que eu respiro.
Porém como somos falhos e errantes! -caídos pela própria natureza-; tendemos a querer ainda consumir nosso alimento por nós mesmos; auto-satisfação, auto-“alimentação”, auto-nutrimento; mesmo sabendo que o que temos é pouco pra nós mesmos, apenas alguns peixes e alguns pães, que vão nos sustentar e dar gosto à vida por algum momento, porém isso vai acabar e continuaremos com fome, e adoeceremos novamente, com o nosso auto-ego (não sendo isso brincadeira, podemos até morrer na alma de fome pela vida, e deixar de viver e apenas existir ou assistir a vida que não teríamos mais nesse caso). Então quando se tenta auto-“alimentar” e sabendo que o que temos é pouco, acabamos por não querer dividir o pouco que temos com ninguém, e esse ego-cetrísmo –egoísmo-; chega a tal tamanho que passamos a querer que os outros vão e se alimentem de seus próprios alimentos, comprados por eles mesmos (cada um se vira com aquilo que tem, o meu ninguém tasca).
Porém Ele que é amor, sempre de braços abertos e compadecido por nós, com justiça, nos ensina: do seu alimento, alimente aos outros; com suas alegrias, alegre os outros; da sua paz, pacifique a outros. Do que você tem compartilhe. Então se abre a escolha do se auto-“alimentar”, ou alimentar a mim e aos outros, cuidando um dos outros com ações de graças (amando uns aos outros).
Sendo, pois que, quando decidimos segui-Lo, e vive-Lo obedecendo-O (Amando Ele) somos curados por Ele do egoísmo que nos consome, então aquilo que era pouco até para eu alimentar-me, é multiplicado em mim por Ele, e o meu alimento então se torna Ele e como eu já decidi dividir o que eu tinha antes que era pouco, quanto mais agora o que eu tenho, que me satisfaz a tal ponto que em mim transborda.
Então todo peixe que dá gosto a minha vida e todo pão que me sustenta é Ele, o qual eu compartilho, havendo assim o milagre da multiplicação DEle em mim e aos demais. Sendo Ele Amor, então, o amor no conviver por assim, multiplica-se em infinitas formas do viver, onde o que em mim gera vida, que eu leve para gerar vida as outros, pois em mim transborda.
O convite é à mortificação do egoísmo, mortificação da carne que é viver o mal desse mundo, e não do conviver neste mundo (“Não peço que vos tire do mundo, mas que os livres do mal”-do mal do mundo-). Mortificar a carne e viver pela fé NEle que me cura de mim mesmo, me alimenta, dá gosto a minha vida e me sustenta, e mais, me chama ao compartilhar e ao cuidar dos demais amando-os assim como amo a mim! Multiplicando.
Onde houver fome leve alimento, mas sobre tudo faça com amor, pois isso é o fruto do milagre da multiplicação de Vida em nós! Caso seja feito sem amor, nem a multiplicação ou a redenção, de nada em você valerá!

Meus peixinhos e pãezinhos que mal me alimentam... NEle são multiplicados alimentando a muitos de forma que todos se satisfaçam e ainda sobra e transborda DEle em nós!

** O Inconsciente Coletivo é formado pelas camadas das projeções humanas—sonhos, pesadelos, medos, revoltas, os espírito da geração, a cultura, etc...—que se transformam em algo que existe como energia psíquica.


Thiago S. R (19/07/2012)

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