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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Qual pergunta devo me fazer - Não espere demais dos outros ou não espere que os outros sejam você?



A Responsabilidade da Esperança

 (1º Pedro 03:08-18)
Decepção tem muito mais a ver com “nós” mesmo do que com o outro em relação a nós, pois transferir a responsabilidade que temos como indivíduo dotado de atitude ao outro é o caminho mais curto para um descontentamento.

Quando nos decepcionamos com alguém, geralmente culpamos o outro por ter falhado conosco e então caímos naquela máxima de “Não espere demais dos outros” não é verdade!?

Desculpem-me os falsos e mentirosos, mas não consigo viver sem esperanças, não consigo viver sem acreditar (dar crédito à), sinceramente não consigo viver sem esperar e confesso, eu espero sim do outro, porém, sei em mim que, não caminho para não viver na inércia de esperar  que ele me responda conforme eu gostaria de ser respondido, pois tais respostas somente eu as tenho, espero, portanto que ele responda a vida com o próprio coração, me responda com as respostas que ele tem em si, e quando o mesmo não o faz, prefiro saber que a esperança permanece e não a frustração acontece, difícil ótica, difícil atitude, é horrível sim quando esperamos ouvir um SIM com todo gosto de vontade no dizer ( Igualmente o sim que nós dizemos de nós) e o que nos vem como replica é um NÃO seco e amargo, então a tréplica é nossa saída e geralmente ela é evidenciada em raiva, ódio, tristeza e em muitos casos a própria violência física em seu extremo descontrole.

Natural é decepcionarmo-nos com os outros, fácil é ser sempre produto das ações alheias, simples e natural, talvez inconsciente, sermos apenas prisioneiros das impressões além de nós, pois não demanda nenhum esforço de consciência e sempre é “mais legal” em nós ter em quem por a culpa, somos medrosos de reconhecer que se há algo errado é porque nossa percepção deflagrou tal erro, então somos também agentes causadores e não somente coadjuvantes ou figurantes.

Porém com um pouquinho de coragem, um resquício de coragem/atitude é possível olhar pra dentro de si, não a fim de ver as mágoas que estão se instalando como consequências da decepção, mas sim olharmos para as raízes dessa tal decepção, veremos então que o agente decepcionador, somos nós mesmos, é duro? - É fato!

 Difícil olhar para si e ser sincero consigo mesmo, fácil é transferir toda culpa e dor para outrem.
Por que digo isso, digo por que quando paramos para olhar as causas que nos levaram a tal (ais) decepção (ões) com olhos totalmente responsáveis por nos encontrar e não vitimados pelo acaso, pela vida, por Deus, vemos que aquilo tudo que esperamos do outro foram apenas respostas que apenas nós podíamos dar, por serem respostas nossas, isto é, transferimos ao outro a dura e impossível tarefa de nos responder conforme somente nós poderíamos fazer, pois o outro nos responderá com as suas próprias respostas e não com as que eu tenho, dá pra sacar a raiz?

Por que sempre quem nós mais amamos são as quais mais nos decepcionam!?  Consegue responder essa a você mesmo!?

Simplesmente por que nos sentimos responsáveis por eles e não nos vemos responsáveis por nós em relação a eles, é uma inversão à vida, quando deveríamos dar de nós à vida, esperamos que a vida nos de o que queremos por que nos sentimos em um direito adquirido de que todos nos devem o que nós queremos, lamentável quando tal ideologia é o único “software” que roda em nossa cabeça, sadio é respondermos as nossas exterioridades com o que em nosso interior existe. Se colocarmo-nos na situação oposta de que o outro espera algo de nós e a gente dá o máximo que a gente pode - pois é tudo o que temos e somos em nós - porém o outro ainda assim não se satisfaz, se frustra, qual é o diagnóstico?  Sim, o outro esperou que nós o respondêssemos conforme somente ele pode fazer, se houve um coração grato em si (no caso do indivíduo que espera) ele vai saber receber tudo o que o outro der a ele com a mais benevolente gratidão e responderá ao outro, a vida, conforme ele pode fazer, com toda sinceridade de seu coração.

Espero portanto que eu aprenda dia a dia a viver com esperança, aprendendo que o que eu quero ouvir e que me façam, que eu faça aos outros, pois somente eu sei a maneira que eu gosto das coisas em um todo e aprenda a esperar do outro que ele me responda com sua total consciência de ser, seja se a resposta coincida com a aquela que só eu posso dar, ou seja que a resposta seja apenas conforme o que o outro pode dar, sobretudo sendo responsável sempre por mim em relação à vida, sabendo que o que dela vem a mim não deva ser maior em peso –valor- do que aquilo que eu tenho em mim.


Bora responsabilizarmo-nos por nós mesmos e ser a resposta que procuramos nos outros e aprendamos a esperar sim do outro, mas apenas aquilo que o outro pode dar de si em si, com suas próprias respostas pra vida responsável e sincero, bora aceitar o que o outro tem e dar de si por conhecer-se!



Thiago S. Reis (21/05/2014)

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